Velhice: quando a maturidade bloqueia a transformação

Essa semana o @lalgarra escreveu um artigo no webinsider, que chegou pra mim hoje logo pela manhã. Conheci o Luiz Algarra no Espaço VIVO de que participei durante a Campus Party 2010. Desde então o sigo no twitter e acabo estando sempre conectado a temas atuais de educação e aprendizagem. É um cara bacana que mediou alguns debates em um cubo de vidro onde haviam discussões sobre educação, vida em rede, tecnologia e tudo mais que entra nessa salada.

Merecem destaque algumas partes, como essa:

Nossos professores eram bancos de memória ambulantes, repletos de citações e exemplos. Poucos mestres tinham a capacidade de se envolver, se relacionar com os alunos e nos levar a uma experiência única de sabedoria. A maioria dos professores era entregador de verbetes, fiscal de apostila ou zelador de livro didático.

Ou essa:

… quando a maturidade bloqueia a transformação, surge a velhice. Um velho que transforma é sempre mais jovem que um adolescente que conserva. Velhice não precisa ser obsolescência, pode ser renovação. Não precisamos funcionar como os jovens, mas precisamos saber que o nosso modo não é mais o único.

O ideal mesmo seria que todos lessem o artigo completo que saiu no webinsider, já que vale muito a pena. Mas…

Gostaria que meus familiares parassem pra pensar e estudar um pouco o assunto, para talvez iniciar um novo caminho de compreensão de seus filhos, amigos e jovens com que convivem. Gostaria também que meus jovens amigos lessem para que aprendam a conviver melhor com suas próprias maneiras de ser, respeitando o entendimento dos que ainda não estão nessa “onda”. :)

Compreender essa nova realidade não é simples porque envolve mudança de paradigmas. Mesmo assim, pra mim não é uma questão de “se”. É uma questão de “quando”.

Design: o processo educacional precisa mudar

— update 05/10 23:34 —

em conversa com o @hugocristo hoje mesmo, ele criticou as propostas do norman. acho que preciso entender melhor a história dele, mas seria legal se o hugo pudesse dar um direcionamento nos argumentos que apresentou. hugo?

me lembro quando eu assisti dois vídeos do ken robinson, ano passado (veja o vídeo 1 e o vídeo 2 abaixo). foi logo quando descobri as conferências ted e estava animado assistindo tudo que via pela frente. se você nunca assistiu uma conferência ted, sugiro que veja algumas – são milhares e a maioria esmagadora vale a pena. a primeira conclusão que tirei daquelas conferências foi que algo estava realmente errado na maneira como estruturamos nosso processo educacional e, especificamente, algo estava muito errado com o currículo de design gráfico que eu estudava.

ontem o prof. mauro pinheiro enviou um texto que o renomado especialista em design donald norman (olha ele no ted) escreveu para a core77, tratando exatamente do assunto, de forma bem direta. acho que ele traz a discussão para o eixo novamente, alertando sobre a necessidade de modificarmos os currículos de design e trazermos, para dentro do ensino, especialidades necessárias mas ignoradas da nossa área. leia o artigo do norman sobre a educação em design. vale a pena.

a mudança no design é evidente e todos estamos sentindo. a ideia de enxergar o design sob outros aspectos e à luz de outras teorias, como a do design computacional, é mais do que natural neste momento. como disse o mauro: “acho que estamos em sintonia”.

vídeo 1 (2006):


vídeo 2 (2010):